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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Participem Semana Nelson Silva

Semana Nelson Silva: Memória, Cultura Popular e Afirmação Negra

Nos dias 29 e 30 de junho de 2012, acontece em Juiz de Fora a "Semana Nelson Silva".

Realizado pelo Batuque Afro-Brasileiro de Nelson Silva, pelo Instituto Cultura do Samba e pela Associação de Reciclagem e Artesanato Lixarte, o evento contará com a presença de convidados do Rio de Janeiro, São Paulo e São Luís/MA, além de muitos juiz-foranos.


A programação começa na sexta-feira, 29, às 18h, com a saída de um Cortejo com participação do Afoxé Niza Nganga Njungo da Câmara Municipal de Juiz de Fora (no Parque Halfeld) em direção ao Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Av. Getúlio Vargas nº 200 - Centro).

Nesse espaço cultural, às 19h, a Mesa de Abertura reúne os presidentes do Batuque Afro-Brasileiro de Nelson Silva (Flávio Aloísio Carneiro) e do Instituto Cultura do Samba (Régis da Vila), o coordenador da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (José Marmo da Silva) e o blogueiro, ativista e militante de movimentos sociais, Eduardo Guimarães.

A noite termina com uma homenagem aos blogueiros Eduardo Guimarães (São Paulo) e Vinnicius Moraes (Juiz de Fora), seguida de um momento de confraternização.

No sábado, 30, também no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, após o credenciamento dos participantes (das 8h30min às 9h), uma Mesa Redonda coordenada pelo professor de História e Mestre em Ciências da Religião, Antônio Carlos, reúne Adenilde Petrina Bispo (professora de Historia, militante do movimento social e ex-coordenadora da Rádio Comunitária Mega FM), Antônio Carlos da Hora (professor do Departamento de Comunicação da Faculdade Estácio de Sá) e Vinnicius Moraes (jornalista, blogueiro, especialista em Gestão de Processos Comunicacionais), para abordar o tema: "O Negro na Mídia".

Às 10h40min, em um Painel, o psicólogo Marco Antônio Guimarães (Rio de Janeiro) fala sobre "Cultura e Identidade Negra".

O período da tarde, intitulado "Batuque no Bar/Conversa Afiada", é marcado por muito bate-papo e diversas apresentações culturais: Batuque Afro-Brasileiro de Nelson Silva; Calango; Capoeira - Mestres Cuité e Paulo Elias; Encantadora Odara Dandara; Folia de Reis "Rei Mago do Oriente", dirigida por Mestre Nini; Grió; Hiphop e seus elementos - Efeito de Rua, Harmadilha do Guetto e Zumbreak Avatar; Instituto Cultura do Samba; Jongo - Caxambu Carangola e Recreio; Samba de Raiz. Simultaneamente, acontece no local uma "Feira de Artesanato".

A intensa programação da "Semana Nelson Silva" termina no "Ilê Abé Furanga Ubafã Axexerê" (Rua Antônio de Castro nº 405, no bairro Ipiranga). Às 19h, uma Sala de Conversa aborda "A Importância da Religião de Matriz Africana para a Cultura Brasileira", com a participação de Pai Jaques (Terreiro Ilê Abé Furanga Ubafã Axexerê), Pai Alessandro Araújo Santos (Tateto Delegi)- Santos/SP e Pai Cícero D’Abaluayê (Dirigente da Casa Kamafêu de Oxossi, em São Luís/MA). Em seguida, Toque e Samba de Roda.

A participação na "Semana Nelson Silva" é gratuita.

Imperdível, não?



Sobre a "Semana Nelson Silva"

O projeto tem como objetivo registrar a presença e memória do negro no município de Juiz de Fora, além de promover a discussão sobre a importância da promoção da igualdade racial considerando o Estatuto de Igualdade Racial (Lei n º 12.288, de 20 de julho de 2010) que no Capítulo II aborda o direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer.

A proposta recebeu o nome de "Semana Nelson Silva" por conta de sua história e de ser ele um dos maiores ícones juizforanos. Cantor, compositor, ritmista e regente, respirava música e dominava não só o samba, mas as canções românticas, o bolero e o canto coral. A partir do espetáculo "Aquarela Brasileira", o compositor eclético deu lugar ao homem que usava sua obra para defender a temática negra na ânsia de liberdade e igualdade.

Nelson Silva criou o Batuque Afro-Brasileiro em 1964, com a finalidade de ser um grupo amador de estudo e difusão de música popular brasileira. O Batuque constituiu uma das grandes expressões da cultura negra e popular de Juiz de Fora, e ao cantar as dificuldades e as esperanças dos antepassados, os integrantes do grupo entoam suas próprias lutas, mantendo vivo o compromisso de preservar as tradições culturais.

Fonte: Blog Vinnicius Moraes http://vinniciusmoraes.blogspot.com